Centro de colaboração em saúde e programa nacional do combate a tuberculose realizam workshop de sensibilização contra tuberculose

A tuberculose (TB) é uma das doenças infeciosas mais letais do mundo e Moçambique é um dos dez países com altas taxas desta doença. No nosso país acontecem anualmente, 34000 mortes por TB (OMS, 2016), ocupando o quarto lugar globalmente. A nível mundial, a tuberculose é responsável por 1,6 milhões de mortes anualmente. Todos os anos, dez milhões de pessoas contraem tuberculose, incluindo um milhão de casos em crianças. Destes, quase 4 milhões não são diagnosticados, tratados ou oficialmente registrados por programas nacionais de TB. Coletivamente, esses “perdidos” milhões são uma falha global de saúde pública. Por esta razão, a Declaração Política da ONU sobre TB, endossada pelos Chefes de Estado e Governos da ONU na Reunião de Alto Nível da ONU sobre TB em Setembro de 2018, constitui a base para a futura resposta global coordenada da TB. Isso requer um envolvimento de alto nível e um compromisso ousado dos chefes de estado para um aumento substancial dos recursos financeiros para a tuberculose e, por sua vez, para o tratamento e prevenção de mortes prematuras por tuberculose. A Declaração também endossa metas mensuráveis dos governos e das principais partes interessadas para 2020 e 2025, sobre as quais elas podem ser monitoradas e responsabilizadas por meio de relatórios regulares.

Neste contexto, a ONU incentiva a união e criação de estratégias fundamentais para a elevação e apoio à plataformas de TB de nível nacional para fortalecer a capacidade do Sistema Nacional de saúde na criação de abordagens eficazes para a implementação do Plano Global para acabar com a TB. Neste âmbito vai ser criada a Parceria Nacional para o Combate a Tuberculose- Stop TB Mozambique entretanto foi realizado pelo Centro de Colaboração em Saúde-CCS e o Programa Nacional de Combate a TB- PNCT, o workshop de consciencialização e sensibilização para o combate a TB em Moçambique. O objectivo é unir e envolver de forma inovadora, actores não tradicionais, individualidades públicas, pessoas líderes de opinião e várias partes integrantes da sociedade civil no controle da TB. A natureza das participações com estas várias partes interessadas é voluntária e específica expressando a diversidade do mosaico cultural e organizacional de cada segmento. Fizeram parte deste workshop, jornalistas, desportistas, actores, músicos, académicos, ex pacientes de TB, activistas de OCBs, médicos e membros de diversas organizações da sociedade civil. Através da criação de um mecanismo de debate sobre a TB pretendemos desenvolver no país um veículo para engajar todas as esferas na nossa sociedade na prevenção e atenção à TB para mobilizar recursos, promover inovações e novas abordagens para alcançar a meta de acabar com a doença.